terça-feira, 31 de maio de 2011

PEDAGOGIA DO OPRIMINO - PAULO FREIRE

  
  Em todo o seu contexto histórico não houve a valorização da cultura trazida pelo educando da Eja, nem tão pouco o seu conhecimento foi ouvido, sendo muitas vezes silenciado. Oriundo de uma classe menos favorecida e limitado em suas oportunidades de acesso à escolarização, encontram na sociedade e no processo educativo a opressão e desvalorização de seus saberes, através de uma educação opressora onde passam a ter uma posição "servil" e de submissão aos conceitos liderados pela classe dominante, hierarquizada e elitizada que ainda domina nossa sociedade.
  A pedagogia do Opressor consiste na imposição de seus conceitos e valores, através do ato de silenciar os educandos, pela prática rígida da dominação e aniquilando o pensamento crítico dos oprimidos. A pedagogia do Oprimido, por sua vez, coloca o educando em posição de poder, como sujeito de seu conhecimento e da sua formação histórica, onde a prática pedagógica parte da sua realidade, e o educando é levado a necessidade da liberdade, pois esta precisa surgir primeiro no oprimido, então o educando passa a transformar a realidade que o cerca de maneira crítica, reflexiva e participativa.
  Na educação bancária, o educando é visto como quem nada sabe, desta forma tem que se calar diante do educador que é o detentor de todo o conhecimento, o educador é visto como sujeito processo educativo enquanto o educando como objeto. Ao educando cabe o armazenamento do conhecimento pronunciado pelo educador, não há saber transformador, o educando é silenciado, passivo e não participa do processo educativo. Não há diálogo, reflexão e nem criatividade, apenas alienação e mecânização.
  O educador precisa acreditar na educação libertadora e emancipatória, pois do contrário não convencerá seus alunos da necessidade de se tornarem sujeitos de sua formação histórica. Outro problema são os paradigmas e preconceitos que precisam ser quebrados, para que o processo ensino/aprendizagem se dê através da troca de saberes entre educador/educando e vice-versa, o educador precisa entender que não há modelos milagrosos a serem seguidos, antes sua prática precisa ser revista, para se tornar uma educação libertadora e emancipatória.

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